05/01/12

A CRISE DE 1383-1385 (II) – o estágio

O rei de Castela avança pelo Alentejo adentro e a primeira oposição que encontra é a de D.Nuno Alferes Pereira, presidente da Associação Alentejana de Futebol que, como seria de esperar de um verdadeiro desportista, lhe propõe que a questão seja resolvida no campo e não na secretaria. D.João acede e o jogo é marcado para 6 de Abril de 1384. Na véspera, cai uma terrível bátega de água que deixa o terreno verdadeiramente intratável. Ainda assim, o jogo é realizado e a turma alentejana mostra grande valentia, inteireza de vontade e misticismo de fé, os quais lhe trazem a vitória. Devido ao estado do terreno, os castelhanos chamam-lhe a “Batalha dos Atoleiros”, pois passavam o tempo a atolar-se na lama. Por isso exigem desforra, sob pena de fazerem queixa às instâncias europeias, pelo que avançam sobre Lisboa, com o fito de actuar no estádio do Jamor. D.João Mestre de Avis sabe que terá de usar todas as manhas para levar de vencida os castelhanos que, em condições normais, terão um poderio maior. Decide então fechar os portões da cidade de Lisboa, obrigando os adversários a esperar na rua, dizendo-lhes que se estão a ultimar os preparativos.

Após meses de espera, é posto a correr entre o arraial castelhano que a peste está a atacar os seus jogadores. Com medo que os medicamentos de combate à maleita venham a ser detectados em controlo anti dopagem, D.João de Castela desmarca o jogo e é obrigado a retirar. O Mestre de Avis tinha, uma vez mais, salvo a população portuguesa.

Pouco depois, em 1385, reúne-se em Coimbra a assembleia geral da federação para votar o seu novo presidente. Antes de haver acordo, houve larga discussão, no entanto o presidente do conselho de arbitragem, D.João das Regras (outro João!), usou o seu voto de desempate e com argumentos bem manobrados, tem papel fundamental para a nomeação do Mestre de Avis como presidente vitalício da federação e, consequentemente, rei. Mal é eleito, o ex-Mestre nomeia D.Nuno Alferes Pereira como capitão de equipa e treinador da selecção nacional, como prova do seu apreço pela vitória na “Batalha dos Atoleiros”. Devido ao seu querer, abnegação e raça demonstrada em campo, D.Nuno era conhecido pelos adversários como o “detestável”, sendo que a partir daqui todos os seus autógrafos eram escritos como “D.Nuno Alferes Pereira-o detestável”.

Porém, o rei de Castela não desistindo dos seus objectivos, lança um desafio de tudo ou nada, num jogo pouco amigável para o qual recruta uma poderosa selecção de 32 mil jogadores. D.João e D.Nuno não podem recusar o convite, sob pena de sofrerem sanções da FIFA e tratam de reunir os nossos melhores jogadores. Graças aos contributos dos atletas de Coimbra, que passavam mais tempo a namorar no Choupal do que a treinarem (sendo por isso conhecidos como a Ala dos Namorados), conseguiu reunir-se uma selecção de pouco mais de sete mil homens, o que ficava a léguas de distância do plantel adversário. Precisando de algo mais, D.João I convenceu D.João das Regras a ir arbitrar a contenda, disfarçado de juíz inglês, Johnny Rules, para que os adversários não suspeitassem.

O grande jogo foi marcado para 14 de Agosto de 1385, no pino do Verão, para o campo do Alves Barrota Futebol Clube e existem teses que defendem que foi por aí que a vitória começou a pender para as nossas cores. Estava um dia de tremendo calor e os castelhanos resolveram fazer um pequeno estágio de aclimatação nas redondezas do local do jogo, escolhendo a estalagem “Álvares Barrote”. Toda a equipa tomou a última refeição antes do jogo na “Loja da Brites - churrasqueira, padaria, croissanteria, gelataria, pizaria e snack-bar” que funcionava perto da estalagem e que, nesse dia, ganhou a lotaria ao servir 32.000 refeições.

Pensa-se que os croissants com doce de ovos não estavam em bom estado, pois todos os castelhanos que os comeram (praticamente 100% da equipa) tiveram um ataque de salmonela muito violento, que os debilitou bastante durante o jogo. A padeira de Alves Barrota foi por isso acusada em tribunal, mas o processo nunca se desenvolveu e nada ficou provado, pelo que, atribuir a este facto a nossa vitória no jogo poderá considerar-se excessivo.

2 comentários:

Faustino Monteiro disse...

Agora sim. Agora fiquei a saber quem foi a Padeira (Alves Barrota) e qual o seu papel na batalha... e claro está, os tribunais deixaram o processo correr... correr... correr que um dia deste ainda vai prescrever, (+/- daqui a uns 15 dias prescreve)....

LOL

castor71 disse...

As "botas" adidas do JR estão demais!

 
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