26/10/08

OS PRIMEIROS POVOS

Após o casal Grunho, muitos milénios se sucederam, sem qualquer vestígio que nos permitisse acompanhar a evolução deste território.

Assim, teremos de avançar até dois ou três milénios A.C. para encontrar vestígios de povos originários da península ibérica – os iberos. Porém, desde muito cedo, começaram a encaminhar-se para esta zona povos de outras partes, em busca de sol para as suas férias ou com olho para o negócio, pois os naturais desta zona sempre foram considerados óptimos para o conto do vigário. Esses povos invasores ficaram encantados pelo clima e pela comida, e foram ficando por cá, casando com as iberas.

Fenícios, gregos, celtas, cartagineses, romanos, alanos, vândalos, suevos, visigodos e mouros foram misturando o seu sangue com o dos iberos, formando uma cabidela imensa, embora com predominância do sangue celta (que se sabe mais verde).

Os Lusitanos, de origem celtibérica, acantonados na fria região beirã, decidem expandir-se para alcançar terras mais confortáveis, mais quentes e mais perto das praias. Devido à lamentável inexistência de “time-sharing”, a única forma de tomada de posse das terras é partir para a expropriação sem aviso prévio, o que os Lusitanos fizeram sem qualquer problema ético ou legal, em breve dominando toda a região entre o Tejo e o mar Cantábrico. Vejamos o que nos diz o historiador Estragão, contemporâneo dos Lusitanos e grande especialista em ervas aromáticas:

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Os Lusitanos eram hábeis na luta de guerrilhas, em armar emboscadas e em se retirarem de situações desesperadas. Usavam um pequeno escudo redondo, côncavo e suspenso do pescoço por correias (...) usavam, como as mulheres, cabelo comprido que, durante o combate, prendiam com uma faixa sobre a fronte (...) Alimentavam-se apenas uma vez ao dia, com uma comida simples mas abundante.”

Como se vê, desde tempos imemoriais, o português é perito na arte do contra-ataque e do roubo da bola ao adversário, preferindo-os a um confronto aberto. O nosso escudo sempre foi pequeno e fraco, necessitando de apoios para se manter de pé, e tendo trocando as anteriores correias pelo Euro. É inclusivé de notar que, o facto de hoje muita gente ter como única refeição umas sandes e um pastel de bacalhau, comidos em pé ao balcão, se deve muito mais à tradição que nos está enraizada no sangue, do que propriamente à falta de tempo ao almoço.

Voltando às conquistas de terras dos Lusitanos, tal actividade imobiliária tornou esta zona francamente apetecível ao capital estrangeiro, que decidiu investir em força com vista a futuros empreendimentos turísticos. Assim, Fenícios, Gregos e Cartagineses, grandes multinacionais da época, começaram a invadir a península com os seus produtos, como o vidro, os tecidos e a cerâmica, conseguindo uma grande quota de mercado e uma grande influência na vida social da época.

No entanto, a grande viragem na história dá-se quando a grande multinacional italiana da área do imobiliário, os Romanos, decide avançar em força sobre o apetecível mercado ibérico. Embora rápida, a conquista deste mercado pelos Romanos foi difícil, devido à oposição dos Lusitanos que tinham uma grande tradição na zona e fidelização da clientela. Os Romanos conseguiram a sua vitoria graças a um ataque traiçoeiro (por detrás) ao “general-manager” dos Lusitanos, de seu nome Viriato. Pagando aos companheiros de Viriato, que o assassinaram à traição, os Romanos esfrangalharam a resistência local e conquistaram o monopólio do segmento, estabelecendo a sua lei em toda a zona mediterrânica.

O caso do assassínio de Viriato foi muito bem camuflado na época, pois os métodos mafiosos daquele império do imobiliário eram já uma realidade e, a partir daí, o total controlo do mercado permitiu-lhes governar a opinião pública, impondo as suas leis, a sua língua e os seus costumes debochados de orgias com jovens rapazinhos, numa corrente estilística que se chamou de “Romanização”.

Esta imposição da moda italiana trouxe, contudo, benefícios aos povos da península, que puderam desenvolver-se para novos nichos de mercado como o da telha, da lousa ou do ladrilho, este último com bastante sucesso até aos nossos dias, nomeadamente, no revestimento de túneis rodoviários.

É desta época a expressão “estar com a telha”, usada pelos industriais dos telhados de colmo, zangados por o seu produto deixar de ser utilizado na cobertura das casas. Desenvolveram-se também as indústrias da olaria, as forjas, minas, tecelagens e salgas de peixe, dado não haverem indicações médicas sobre o seu efeito na hipertensão arterial.

O plano rodoviário foi outra das novidades trazidas pelos Romanos, que muito agradou aos residentes. Uma rede de IP's e IC's, complementada com a construção de pontes (cuja principal característica era a de serem livres de portagens), permitiu desenvolver o trânsito e fomentar os passeios dominicais a todo o império.

19/10/08

A PRÉ-HISTÓRIA

A pré-história, tal como o nome indica, é a história que os nossos antepassados tinham para estudar antes de existir a história de Portugal o que, como facilmente se depreende, lhes facilitava imenso a tarefa de decorar nomes, factos e datas (especialmente pelo facto de não ter sido inventado o calendário, como hoje o conhecemos).

A verdadeira pré-história portuguesa foi passada há muito tempo, numa altura em que existiam dinossauros, tiranossauros, dinocantros, abastardosos e outras monstruosidades que ocupavam muito espaço de estacionamento, dando pouca rentabilidade. A falta de humanos nesse tempo impede-nos de ter informações mais precisas, mas com o galgar dos séculos, a mãe natureza decidiu modelar o que é hoje o homem, através de um processo evolutivo que a seguir se mostra através de um diagrama genealógico, isto é, que foi logicamente feito por um génio.

Como se depreende desta árvore aqui representada, os homens são descendentes dos macacos e, a partir daí, o processo evolutivo foi evoluindo dando origem a novos macacos. Pelo meio dessa evolução, surgem-nos aqueles que, podemos hoje afirmá-lo com rigor, podem ser considerados os fundadores deste espaço que apelidamos de “Portugal”. O casal Grunho data de há cerca de 200.000 anos e possui um conjunto de características a que podemos chamar de vincadamente portuguesas, não detectadas em qualquer outra sub-espécie desta evolução.

O casal Alcibíades e Calpúrnia Grunho, legítimos descendentes do macaco Hadrianno (cujo fóssil pôde ser observado nos anos 90 do século passado em programas de televisão como o Big Show Sic), surgiram algo indefinidamente entre o Homo Sapiens e o Homo Lava+Branco, e conquistaram à mocada um espaço mais ou menos uniforme, a partir do qual nasceu uma descendência marcadamente portuguesa. Viviam sobretudo de expedientes (vulgo, biscates) como o gamanço de raízes e a mendicidade, cuspiam no chão, praticavam uma economia recolectora em lixeiras e aterros sanitários, caçavam animais de pequeno porte, cobriam-se de peles no inverno, usavam unhas do dedo mindinho extremamente desenvolvidas e, quando em competição com outros grupos de homo sapiens, geralmente perdiam embora se considerassem moralmente vencedores.

Este conjunto de características tornou o casal Grunho no mais antigo protótipo de família portuguesa. São vários os historiadores que consideram Alcibíades Grunho como o pai de invenções tão importantes para a humanidade, como o fogo, a roda e o arado, cujas patentes lhe foram roubadas pela calada da noite, impedindo-o de ser reconhecido mundialmente pelo seu trabalho. Contudo, não existem provas de que tal tenha mesmo acontecido, porventura, devido à pouca adesão que a profissão de detective particular colhia na altura.

16/10/08

Editorial

Este compêndio da História de Portugal não prima, porventura, nem pela vastidão de conceitos nem pelo emaranhado de factos históricos que viessem complicar, dificultar, embaraçar, enredar e confundir o exercício da tão prestimosa tarefa que é conhecer a verdadeira história de Portugal.

Contudo, já é tempo que um trabalho sério seja feito, afim de esclarecer os equívocos históricos e as versões politicamente correctas que têm sido impingidas ao longo dos anos a milhões, porventura milhares, de jovens cabeças que, precisamente por essa característica não pensam e não podem avaliar sobre o logro em que são continuamente induzidas,na busca da verdade.

Se a História é a "grande mestre da vida" e se a nossa é a mais bela do mundo, torna-se, por isso, mister que os pequeninos escolares a conheçam tanto quanto possível para que, formando o seu carácter num sentido utilitário e puramente nacionalista e cristão, possam ser fortalecidos pelos sãos exemplos de tantos dos seus "varões assinalados" e possam receber e legar às gerações vindouras a sublime herança do Portugal eterno.

Aqui chegados, e se o digno e paciente leitor já percebeu os propósitos dos autores, é tempo então de visitar outro blog.
 
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