19/10/08

A PRÉ-HISTÓRIA

A pré-história, tal como o nome indica, é a história que os nossos antepassados tinham para estudar antes de existir a história de Portugal o que, como facilmente se depreende, lhes facilitava imenso a tarefa de decorar nomes, factos e datas (especialmente pelo facto de não ter sido inventado o calendário, como hoje o conhecemos).

A verdadeira pré-história portuguesa foi passada há muito tempo, numa altura em que existiam dinossauros, tiranossauros, dinocantros, abastardosos e outras monstruosidades que ocupavam muito espaço de estacionamento, dando pouca rentabilidade. A falta de humanos nesse tempo impede-nos de ter informações mais precisas, mas com o galgar dos séculos, a mãe natureza decidiu modelar o que é hoje o homem, através de um processo evolutivo que a seguir se mostra através de um diagrama genealógico, isto é, que foi logicamente feito por um génio.

Como se depreende desta árvore aqui representada, os homens são descendentes dos macacos e, a partir daí, o processo evolutivo foi evoluindo dando origem a novos macacos. Pelo meio dessa evolução, surgem-nos aqueles que, podemos hoje afirmá-lo com rigor, podem ser considerados os fundadores deste espaço que apelidamos de “Portugal”. O casal Grunho data de há cerca de 200.000 anos e possui um conjunto de características a que podemos chamar de vincadamente portuguesas, não detectadas em qualquer outra sub-espécie desta evolução.

O casal Alcibíades e Calpúrnia Grunho, legítimos descendentes do macaco Hadrianno (cujo fóssil pôde ser observado nos anos 90 do século passado em programas de televisão como o Big Show Sic), surgiram algo indefinidamente entre o Homo Sapiens e o Homo Lava+Branco, e conquistaram à mocada um espaço mais ou menos uniforme, a partir do qual nasceu uma descendência marcadamente portuguesa. Viviam sobretudo de expedientes (vulgo, biscates) como o gamanço de raízes e a mendicidade, cuspiam no chão, praticavam uma economia recolectora em lixeiras e aterros sanitários, caçavam animais de pequeno porte, cobriam-se de peles no inverno, usavam unhas do dedo mindinho extremamente desenvolvidas e, quando em competição com outros grupos de homo sapiens, geralmente perdiam embora se considerassem moralmente vencedores.

Este conjunto de características tornou o casal Grunho no mais antigo protótipo de família portuguesa. São vários os historiadores que consideram Alcibíades Grunho como o pai de invenções tão importantes para a humanidade, como o fogo, a roda e o arado, cujas patentes lhe foram roubadas pela calada da noite, impedindo-o de ser reconhecido mundialmente pelo seu trabalho. Contudo, não existem provas de que tal tenha mesmo acontecido, porventura, devido à pouca adesão que a profissão de detective particular colhia na altura.

4 comentários:

Unknown disse...

Entrei hoje pela primeira vez neste blog, direccionada do facebook.
Num único texto consegui perceber o quanto da história de Portugal me tinha escapado durante a escola. Não têm planos para escrever algum manual escolar? Os miúdos deviam saber da existência do casal Grunho!

PJ disse...

Obrigado pelo comentário Ema!
De facto, acho muito importante que as crianças tenham conhecimento sobre as suas raízes, se bem que mesmo hoje em dia poderão tomar contacto com muitos grunhos quase autênticos se visitarem, por exemplo, a Assembleia da República.

Quanto ao manual, ele está escrito, mas as editoras temem abordar a história como ela realmente deve ser contada.

Bem haja!

Unknown disse...

Obrigado por responder.
Eficiência não faz mal a nenhum português, mas é difícil de encontrar.
Enquanto as editoras não aceitam publicar o manual, talvez me possa permitir divulgar o seu trabalho no meu blog. Isto porque gosto de partilhar o bom conteúdo que encontro com os meus leitores(que apesar de serem poucos, são bons).

Entretanto, continue com o bom trabalho, pois blogs de qualidade são escassos e este é um deles.

PJ disse...

O único agradecimento que tem de existir aqui não é o seu, mas o meu, primeiro por gostar do que aqui lê e segundo por se interessar em divulgar, o que muito me agrada.
Embora já há algum tempo que não coloco mais capítulos, já não faltará muito por estão quase acabados.
Bem haja!

 
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